segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Lembranças de anos passados

Estava lendo o post de hoje do Ivo Fontan, “Brincar por brincar” no blog O Futuro do Presente, onde ele fala no diabolô (que diabos é isso?! risos) e no bilboquê, que me fez lembrar de uma quadrinha inventada por minha amiguinha e vizinha Cibele, mineira, e que morava na Vila Aços Finos Piratini em Charqueadas, onde morei boa parte de minha infância.

- Vamos brincar?
- Brincar de quê?
- De bilboquê!
- Seu pai não zanga?
- Zangar por quê?
- Você é uma boba!
- Boba é VOCÊ!

Há uns dias atrás, cantei essa quadrinha para meus filhos e eles me perguntaram: “Mãe, o que é um bilboquê?”. Como explicar a uma criança de 5 anos e outra de 3 anos o que é um bilboquê? Terei que comprar um para que eles saibam o que é um bilboquê e possam brincar com ele.

Ontem foi um dia de recordações, pois minha colega Núbia me levou no sábado o videocassete que negociei com ela. A mãe dela queria se livrar de várias tralhas, e eu me ofereci para ficar com o videocassete, já que ainda tenho algumas recordações em fitas VHS, como minha formatura em 1994, minha viagem aos EUA em 1996 e meu casamento em 2001. Assim, ontem coloquei primeiramente a fita do casamento para meus filhos assistirem, já que eles nunca a tinham visto antes, somente as fotos.

- Mãe! Olha tu e o papai! – exclamou minha filha
- É filha, é o casamento da mamãe e do papai.
- E onde eu estava, mãe?- perguntaram os dois juntos
- Vocês ainda não existiam, só nasceram depois do casamento.
- Mãe, quando você se despediu do papai, você ficou triste? – perguntou meu filho, questionando sobre a separação minha do pai dele, em fevereiro de 2005.
- Claro que a mamãe ficou triste, meu filho, mas agora eu estou bem.
- E quando você se despedir de mim, também vai ficar triste?
- Não, meu filho, você nunca deixará de ser meu filho.
- Ainda bem, mãe, porque eu quero sempre ficar contigo.

Minha mãe e eu, no dia de meu casamento.

Ao verem a troca das alianças, meu filho perguntou:

- Mãe, que anel é aquele?
- É a aliança de casamento, meu filho.
- Onde está? Por que você não está usando?
- É que eu me separei do papai e não uso mais aliança.
- Eu quero ver!


Agora vou ter que procurar a bendita aliança, que está guardada em algum lugar, para mostrar a meu filho.

Meu pai comigo, todo orgulhoso.


Foi interessante assistir à fita de meu casamento, ocorrido em 27 de janeiro de 2001.

(Curiosamente, ontem teria sido o meu 7º aniversário de casamento, se ainda estivesse casada. Seriam bodas de quê?)

Ver os amigos que compareceram à cerimônia, meus parentes que vieram da Argentina e de alguns que já não estão mais conosco, como minha prima Martha, um tio de meu ex-marido e um amigo de meu pai, Savino, uma amizade de mais de 35 anos. Fiquei emocionada, ao ver meus primos e primas, que vieram especialmente para meu casamento, a caminho das praias de Floripa. Nunca tive tantos parentes juntos de uma só vez aqui no Brasil. Fiquei muito feliz com a presença deles em minha festa e por isso realizei meu casamento em janeiro, para que eles pudessem vir.

Meus primos e primas da Argentina, com seus filhos e filhas. Minha prima Martha é a primeira à esquerda.


Também fiquei contente comigo mesma, por ter solicitado ao rapaz da filmagem para filmar bastante os convidados, pois apesar de que o casamento não tenha durado, pelo menos tenho a lembrança das pessoas que estiveram presentes naquela data tão especial para mim.

Depois do casamento, assisti à fita de minha formatura, ocorrida em
22 de janeiro de 1994. Fatos mais antigos e eu mais jovem ainda.

- Mãe, cadê o papai?
- Não, minha filha, a mamãe ainda não conhecia o papai nessa época.
- E eu, onde estou?
- Não, filhinha, você ainda nem existia nessa época.
- Mas eu queria estar ali!
- ...

- Mãe, por que vocês estavam usando essas roupas pretas?
- Se chama toga, é uma roupa especial que a gente usa na formatura.


Ainda falta assistir às várias fitas de minha viagem aos EUA, em janeiro de 1996, onde fui para New York para estudar Inglês por 4 semanas e onde comprei minha filmadora. Depois, ainda passei 10 dias em Center Harbor, New Hampshire, na casa de um americano e sua família, para o qual servi de intérprete, quando ele esteve em Porto Alegre. Mas isso fica para outro post. ;-)

8 comentários:

Cristiane A. Fetter disse...

Oi Carla, já que você tocou no post do meu colega Ivo de O Futuro, depois vai lá dar uma olhadinha no que eu fiz no outro blog que eu tenho (http://todoyda.blogspot.com/2008/01/voc-se-lembra.html), lá tem umas "coisas" que eu tenho certeza que você vai lembrar.
Abraços

Unknown disse...

Nossa!
seus filhos fazem tantas perguntas!
rsrsrs
Muito legal o post, está linda no vestido de casamento! :)

Eu também não sei o que é um bilboquê..
rsrs

Obrigado pelo seu comentário lá no meu viu?

E como foi sua viagem ao Estados Unidos?
tem algum post falando sobre ela?
se não tiver, vc podia fazer, um post sobre sua viagem!

Bjão

Carla Beatriz disse...

Oi Daniel,

Sim, crianças pequenas são assim mesmo, fazem MUITAS perguntas! risos

Minha viagem aos Estados Unidos foi em janeiro de 1996, já se vão 12 anos ... Quero primeiro scanear as fotos da viagem, para depois escrever um post. Valeu pela dica.

Encontrei muita coisa interessante no teu blog. Como vc, eu também sou vegetariana e adoro animais, apesar de não ter nenhum no momento.

Abraços,

Carla

Anônimo disse...

Oi, Carla!
Acabei de visitar teu blog! Está ótimo!! Parabéns! Adorei o papo entre vc e seus filhos sobre o passado.
Um grande abraço!
Angélica

Carla Beatriz disse...

Oi Angélica,
Fico feliz em saber que visitaste meu blog e gostaste! Aparece sempre que quiseres!
Beijos,
Carla

Dread disse...

Olá.
Estou retribuindo a visisque você fez ao meu blog, o Anti-Sociais.

Eu não cheguei a ler o post inteiro, estou com a cabeça explodindo. Mais, a parte que seu filho fala de você se separar dele me partiu o coração a sua resposta.

Não, a minha mãe não me abandonou, graças a Deus, graças a ela sou quem sou hoje. [não sou grande coisa, mais isso é por mérito meu mesmo].

Mais meu pai decidiu que ir para longe de min e dela seria melhor para ele e achou que isso também era oque queriamos.

Mais não foi né, não me lamento, aprendi a ser homem exatamente como tem que ser, sozinho. E hoje eu repito para min mesmo, que nunca irei abandonar meus filhos, assim que tiver algum.

Um abraço para você, e beijos para seus filhos.

Drika Bruzza disse...

No caso de ser hoje em dia, seriam "Bodas de Azar"! haha xD
Brincadeira, amore :P (ou não!)
Agora te prepara pra responder mais e mais perguntas, daquelas que só criança sabe fazer: as que mais nos deixam envergonhados e sem ter o que dizer... perguntas com as respostas mais difíceis de serem ditas do mundo.
Mas saber que a Mel queria estar lá na tua formatura não é a coisa mais legal do mundo? Imagina! O Igor vai estar na minha!
Ah, guria... tem coisa que não tem preço ;)
Tipo criar nossos filhos sozinhas e um dia eles dizerem pra nós: Eu sou assim, mãe, porque TU me fez assim.
Há, que egoísmo delicioso!!! xD Hihi :)

:D Beijo!

Anônimo disse...

Oi Carla, meu filho de 4 anos está sempre me perguntando onde ele estava no dia do casamento! Como eu já estava grávida e não sabia, digo que ele era um feijãozinho e estava na minha barriga. Ele fica super feilz!
Eu tb adoro fotos! Hoje em dia eu tenho, praticamente, álbuns eletrônicos e tento fazer scrapbooks pro Filhote.

bjs