segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Amamentar reduz risco de câncer de mama



Artigo publicado no BBCBrasil.com.


Amamentar reduz risco de câncer de mama, diz estudo. Mães que amamentam seus filhos por um total de um ano reduzem em quase 5% os riscos de desenvolver câncer de mama, sugere uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha.


O estudo foi conduzido por pesquisadores da World Cancer Research Fund, uma organização de pesquisa sobre a doença. Eles fizeram uma revisão de quatro estudos sobre amamentação e concluíram que amamentar por pelo menos um ano reduz os riscos de desenvolver esse tipo de câncer em 4,8%.


De acordo com a pesquisa, os 12 meses de amamentação não precisam ser contínuos - amamentar dois bebês durante seis meses, por exemplo, teria o mesmo efeito na saúde das mães.
"Queremos levar adiante a mensagem de que amamentar é algo positivo que as mulheres podem fazer para reduzir o risco de câncer de mama", disse Rachel Thompson, que coordenou o estudo.

"Reduzir o risco em 5% pode não parecer muito, mas quanto mais tempo uma mulher amamentar, mais irá reduzir esse risco", afirmou Thompson.

Benefícios

Segundo os pesquisadores, a amamentação diminui os níveis de alguns hormônios relacionados ao câncer no sangue das mães.

Além disso, depois do período de aleitamento, o corpo elimina quaisquer células que podem ter o DNA danificado nas mamas, o que também contribui para uma diminuição no risco de desenvolver a doença.

O estudo ressalta ainda que os efeitos da amamentação não ocorrem apenas no corpo das mães, mas estendem-se para a saúde dos bebês.

A revisão das pesquisas sobre o aleitamento materno indica que bebês que foram amamentados são menos propensos a consumir muitas calorias ou proteínas em excesso e se tornarem obesos.

O excesso de gordura no corpo aumenta o risco de pelo menos seis tipos de câncer – nos rins, pancreático, no esôfago, de mama no período pós-menopausa, endometrial e nos intestinos.

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que amamentar pode diminuir os riscos de desenvolver outros problemas de saúde nas mães, como artrite e a diabetes.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que mães alimentem seus filhos exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade e continuem a oferecê-lo junto a outros alimentos até os dois anos de idade.

Os pesquisadores da World Cancer Research Fund recomendam a mesma prática.

"Porque as provas de que amamentar reduz os riscos de desenvolver câncer de mama são tão convincentes, recomendamos que as mulheres amamentem seus filhos durante seis meses e depois continuem com uma dieta complementar", afirmou Thompson.

23 comentários:

Max Coutinho disse...

Oi Carla,

Eu já tinha ouvido que se deveria dar de mamar até aos 6 meses (na minha terra, Moçambique, as mulheres amamentam até aos 2 anos de idade da criança) e que ir além disso não beneficia em nada a criança (pois o leite não contém mais as propriedades necessárias à protecção do infante).

Por isso pergunto: prosseguir com a amamentação após os 6 meses serve para beneficiar a mãe, é?

Muito bom texto!

Beijos

Carla Beatriz disse...

Max,

Na verdade, a criança continua a ser beneficiada com a amamentação prolongada. O leite contém SIM propriedades necessárias à proteção da criança, mesmo após os 6 meses. As mulheres de tua terra estão certíssimas em amamentar até os 2 anos de idade seus filhos. Elas estão beneficiando a si e a seus filhos.
Eu sugiro a você entrar no site www.aleitamento.com.br e ler o artigo "101 Razões para Amamentar" http://www.aleitamento.com.br/a_artigos.asp?id=3&id_artigo=1754&id_subcategoria=4

Beijos

Max Coutinho disse...

Oi de novo,

Eu sou totalmente a favor do aleitamento mamário; só queria esclarecer um ponto...até porque na minha terra, diz-se que enquanto se dá de mamar - no sex!
Quanto às propriedades no leite: os médicos andam a enganar muita gente por esse mundo a fora!

Obrigada pelo link, vou dar uma olhada :D!

Beijos

Carla Beatriz disse...

Max,

Se a mulher amamentar exclusivamente, sem oferecer água, chá ou suco ao bebê, a proteção contra uma nova gravidez será de aproximadamente 98%. Porém, a amamentação não impede que a mulher continue com sua vida sexual normal.
Eu me lembro de ter lido a respeito dessa questão de amamentar x no sexo é mais cultural na África, do que propriamente por uma razão científica.
Em relação ao leite, quem você acha que ganha milhões de dólares pelo mundo afora? A indústria do leite em pó e similares. É muito mais econômico e saudável a criança tomar o leite materno. ;-)

Beijos

Max Coutinho disse...

Carla,

Tens toda a razão!! Os médicos concerteza, "encorajados" pelas empresas de leito em pó (que agora está a dar que fazer e, a matar bébés), informam mal as mães.
O leito materno é melhor em todos os sentidos mesmo...

Nem sabes quão feliz fico por estares informada sobre os costumes Africanos (é raro)!

Beijos

Carla Beatriz disse...

Max,

Eu li um livro sobre a vida de um missionário na África (não lembro qual país) e ele tratava justamente desse assunto, que o casal tinha que se abster de sexo, enquanto a mulher estivesse amamentando o bebê. O missionário ensinou o casal a usar a camisinha (condon), para que eles voltassem a ter uma vida sexual e restaurassem seu casamento. ;-)

Beijos

Max Coutinho disse...

Carla,

;) Deus abençoe esse missionário!
Há muita desinformação nessa área em África, particularmente porque lá não se fala muito de sexo (em termos de planeamento familiar, digo; porque se fala muito de como prevenir o AIDS, mas não é o mesmo)!

Carla Beatriz disse...

Em relação à indústria do leite, é uma indústria criminosa, pois muitas crianças morrem no mundo ao tomar leite de vaca, ao invés de tomar o leite da mãe.
O melhor leite é SEMPRE o leite materno.
Em casa, meus filhos não tomam leite de vaca, nem qualquer leite animal. Eu os amamentei por mais de um ano e meio a cada um e nunca incentivei o consumo de leite de vaca. Eu própria não tomo leite de vaca, somente leite vegetal (de soja).
Estou adorando nossa discussão via blog. ;-)
Quanto aos costumes da África, tenho uma amiga da África do Sul que morou alguns meses aqui em Porto Alegre e ela pôde me contar muitos dos costumes de vocês, além de mostrar a culinária africana. :-)

Beijos

Carla Beatriz disse...

A propósito, ela morou em Moçambique, ela é professora de Inglês e lecionava na Escola Internacional.

Max Coutinho disse...

Carla,

Também eu adoro estas trocas de ideias :D!

Só tomas leite de soja? Eu tentei durante algum tempo, mas depois voltei ao leite de vaca (gosto imenso)...

Aaah, a comida Africana (pelo menos a de Moçambique, porque a de alguns países...heim...não gosto muito) é boa!! A nossa comida parece-se muito com a da Baía!

Max Coutinho disse...

E gostou de lá ter estado?

Carla Beatriz disse...

Max,

Eu só tomo leite de soja, nem tolero mais o leite de vaca. Na verdade, eu nunca gostei muito de leite mesmo ... hehehe

Eu sei que a comida de Moçambique é muito parecida com a comida da Bahia - tem muita pimenta!!! Eu adorei provar a comida africana e conhecer um pouco sobre os costumes daí.

É uma pena que não discuta mais sobre planejamento familiar na África, afinal, as pessoas sempre farão sexo e terão filhos. As mulheres não precisam se abster de fazer sexo só porque estão amamentando!

BEijos

Carla Beatriz disse...

Sim, minha amiga gostava muito de morar em Moçambique. O marido dela é brasileiro e era meu colega de trabalho e ele sempre nos contava sobre a vida em Moçambique.

Eu nunca estive na África, mas gostaria de conhecer. :-)

Max Coutinho disse...

Carla,

"É uma pena que não discuta mais sobre planejamento familiar na África, afinal, as pessoas sempre farão sexo e terão filhos. As mulheres não precisam se abster de fazer sexo só porque estão amamentando!" - concordo plenamente contigo!

Eu adoro pimenta: Yummmy!

Max Coutinho disse...

Ah ok...

Eu já estive em alguns países Africanos, menos no país em que nasci: vê se pode! lol
Mas eu gosto muito de Africa: recomendo :D!

Carla Beatriz disse...

Max,

Não entendi: vc nunca esteve no país em que nasceu? Como assim?

Eu não consigo comer comida apimentada, só se tiver bem pouquinha pimenta para dar o gosto.

Max Coutinho disse...

Carla,

Nasci em Maputo (Moçambique) há 31 anos atrás, mas saí de lá com 2 meses e nunca mais lá voltei! Mas quero ver se vou em breve!

Carla Beatriz disse...

Max,

Eu nasci na Argentina e saí de lá com 2 anos e meio, mas diferente de você, já fui várias vezes para lá, especialmente porque minha família (avós, tios, primos) mora toda lá.

Mas como você, eu nunca morei no país em que nasci. Pelo menos, eu não me lembro de nada, era muito pequena, quando meus pais vieram para o Brasil. É como se eu nunca tivesse morado lá.

Max Coutinho disse...

Carla,

Aí é que está: ao menos tu sentes-te ligada ao país onde cresceste; eu não me sinto bem ligada a Portugal (país onde passei a maior parte da minha vida, visto que morei em alguns países diferentes), mas gosto de cá viver: é pacífico!

Carla Beatriz disse...

É verdade, eu me considero brasileira e gaúcha de coração. Ao mesmo tempo, é estranho visitar o país em que nasci e me sentir uma estrangeira lá.
O Brasil seria um país perfeito para se morar, se houvesse menos violência e corrupção.

Max Coutinho disse...

Entendo-te bem nas duas questões!

Bem, minha linda, amei conversar contigo, mas tenho de ir :D!

Até breve e obrigada :D!

Beijos

Carla Beatriz disse...

Max,

Eu também adorei conversar contigo via blog! xD

Até breve!

Beijos mil

Sonia Regly disse...

Amigo,
O Compartilhando está no wordpress, apareça por lá.Novo endereço para atualizar o feeds e o link:www.evelyns-place.com/compartilhandoasletras