quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Educando meus filhos - sem palpites, por favor!

Vocês já perceberam que seus colegas e amigos adoram dar palpite na educação dos seus filhos, especialmente os que NÃO têm filhos?
Adoram dizer como você deve educar seu filho, o que deve e não deve fazer e como você faz tudo errado na educação dos seus. São "especialistas" em Educação e Psicologia Infantil e adoram apontar seus erros, dar conselhos e orientações de como tratar a birra de seu filho ou como fazer com que durma cedo. Minha resposta para essas pessoas é sempre a mesma: "Quando você tiver seus próprios filhos, a gente volta a conversar sobre o assunto." Infelizmente, muitos não se dão por vencidos e continuam à carga, sem perceber que a teoria é muito diferente da prática, quando se trata de filhos.
Tudo bem, eu admito que também pensava dessa maneira, antes de ter filhos, mas eu JAMAIS verbalizava isso para meus amigos que já tinham os seus. Acho isso extremamente descortês, de ficar dando palpite na educação do filho alheio, principalmente quando o palpite não foi solicitado. Afinal, quem cria seus filhos sabe como cada criança é diferente da outra e que o que dá certo para um filho, nem sempre dá certo para o outro.
Outro personagem que adora dar palpite na educação dos filhos é o ex-marido, que não convive mais diariamente com seus filhos e acha que tudo o que você faz está errado. Em muitos casos, como no meu, ele só pega as crianças um fim de semana a cada quinze dias e sempre acha que você mima demais os filhos. Os outros vinte e oito dias do mês, ele não toma conhecimento do que se passa na vida de seus filhos, mas sabe perfeitamente apontar todos os erros que ele julga que você comete na educação das crianças. Assim é fácil ser pai, pegar as crianças no sábado pela manhã e devolver no domingo às seis horas da tarde, com uma lista de recomendações e exigências do que ELE acha que VOCÊ tem que fazer para educá-los. No resto da semana, a mãe que se vire para trabalhar o dia todo, chegar cansada e ainda ter que cuidar dos afazeres domésticos, dar atenção aos filhos e começar a batalha para que eles tomem o banho diário. Depois, a outra batalha para colocá-los na cama e que durmam, pelo menos, antes das vinte e três horas, quando você já está exausta e pedindo pelo-amor-de-Deus, que fiquem deitados na cama e fechem os olhos e que não, não pode tomar leite com chocolate àquela hora, ainda mais depois de já ter escovado os dentes!
Mais dois personagens que adoram fazer críticas à educação que você dá a seus filhos: seus pais. Sua mãe protege os netos a qualquer custo e não permite que você dê aquela palmada bem dada, quando seu filho a desobedece. Ah, mas adora repetir, desde que você se entende por gente: "Se eu tivesse dado aquelas palmadas quando você era pequena, você não seriam assim e assado!". Ou seu pai, que quando você era criança, tinha pouca ou nenhuma paciência com você e logo saía gritando, diz para falar calma e pausadamente com seus filhos, que você não precisa gritar com eles, depois da vigésima-quinta vez que os mandou lavarem as mãos antes do almoço - e foi totalmente ignorada - ou que já disse pela trigésima-quarta vez para seu filho não bater na irmã caçula e foi novamente, solenemente ignorada.
Enfim, é facílimo criar os filhos hoje em dia, com todas as pessoas dispostas a dar conselhos e orientações nessa área, especialmente quando você não os solicitou.
Quem não tem filhos, que atire o primeiro livro de Psicologia infantil.

9 comentários:

Unknown disse...

Esse texto me fez lembrar da sábia e verdadeira frase:

"Filho é que nem peido, é horrivel aguentar um que não é seu"

Claudinha disse...

hehehehehe... Neto não é filho e, quando se é avô e avó, percebe o quanto vc foi uma mãe ou um pai idiota e infernal... risos... Por isso, eles adoooooraaaaam dar pitacos. Haja paciência. Quanto às pessoas que não têm filhos e costumam dar palpites de como educar os filhos dos outros, podes escrever: no dia que forem pais ou mães, suas crias serão tão ou mais "infernais" quanto àquelas "pestinhas mal-educadas"!!! Até porque, criança é tudo igual e, nos dias de hoje, demandam dos adultos uma atenção que era dispensada às brincadeiras no pátio, na calçada, ou com a penca de irmãozinhos e vizinhos da rua - coisa impensável para quem vive num apê, ou cidade grande. O bom mesmo é trocar experiências e idéias com os amigos que vivenciam a paternidade. Às vezes, a gente fica meio perdida mesmo e precisa de um apoio moral. Como gostas de escrever, veio em boa hora o teu blog. Beijo! Claudia Cardoso.

Unknown disse...

Oi Carla!
Teu blog esta muito bonito. O texto sobre os filhos é uma realidade, principalmente no que diz respeito aos que não tem filhos... são os piores...
beijos
Adriana

ialvesdm disse...

Mas como não fazer criticas a uma mãe como essa...Acham que uma mãe que não cozinha feijão para os filhos por preguiça( hahaha ), tem credibilidade para postar um texto desses??
hahahahahah

take a look:

Carla says:
ontem mesmo as crianças me pergutaram:
Carla says:
"Tem feijão, mãe?"
Eu says:
ahuiahuiauhiahuiah
Carla says:
"Não!!!!!!!!!!!!!!!!'
Carla says:
hehehehee

sem mais palavras!!!!

Anônimo disse...

Carla, bons textos de inauguração, é bem assim, todo mundo tem palpite pra dar. Mas eu acho que vai além dos filhos, acho que pais (na verdade, acho mesmo que as mães, porque meu pai e meu sogro são bem discretos - bom, minha sogra também é tranqüila, quem sempre tem muitos palpites mesmo, infelizmente fora de sintonia com o meu jeito de ver as coisas, é minha mãe) têm palpites também de como cuidar da casa, dos bichos, da comida...

E haja prática de respiração relaxante para não estourar. (risos)

Anônimo disse...

Seus filhos lhe desobedecem pq vcs nao deixa comer o Mc Lanche feliz!

:P

Anônimo disse...

Nessas horas que fico feliz de a mãe do meu filho, apesar de todos os defeitos, não pensar como você.
Mas cada um amarra o cavalo na sobra da árvore que desejar, só um conselho: milho não dá em árvore.

Ciça Donner disse...

Acabei de cruzar com uma personagem curiosa: aquela amiga que nao tinha filhos, vivia dando pitaco na criacao do filho alheio, no caso EU, e hoje detesta que de pitaco na criacao do filho dela PQ ELA NUNCA FEZ ISSO COM NINGUÉM. Carla, eu jurava ser ironia da parte dela... juro, até a hora que ela repetiu nunca ter dado pitaco na criacao dos filhos alheios na frente de outras pessoas. Ih mana, nem precisa dizer que ela saiu da mesa com rabinho entre as pernas, nao é verdade???

Anônimo disse...
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