terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O vegetarianismo aumentaria a chance de sobrevida da humanidade em longo prazo

Dr. Janez Drnovšek, Presidente da Republica da Eslovênia, fala sobre vegetarianismo e direito dos animais.

(Traduzido por Joseph Skilnik)

Em toda a história da humanidade, houve apenas alguns notáveis estadistas que eram vegetarianos e que se posicionaram de forma séria a respeito dos direitos dos animais. Ainda hoje existem muitos poucos. A Eslovênia é uma das poucas luzes que brilham no presente mundo da política.

Ao dar esta entrevista, o presidente Dr. Janez Drnovšek apelou pela primeira vez aos povos para que comecem a pensar a respeito da inimaginável brutalidade que o homem infligi contra os animais.

Damjan Likar, editor chefe da revista da Eslovênia “Liberação Animal” entrevistou o Dr. Drnovšek no dia 15 de dezembro de 2005 em Brdo perto de Kranj/Eslovênia. Por favor, veja a reportagem completa.

Pergunta: Por que o senhor se tornou vegetariano e que mudanças o senhor notou como resultado?

Resposta: Porque eu sinto que a comida vegetariana é melhor, de melhor qualidade. Nós comemos carne porque é esta a forma como fomos educados. Já sou vegetariano faz alguns anos e só recentemente me tornei vegano, o que significa que não tomo leite, não consumo laticínios ou ovos. Ainda assim sobra muita coisa, uma boa variedade de alimentos vegetais suficientes para as nossas necessidades. Dei este passo seguindo um sentimento interior. Algumas pessoas acreditam que a alimentação vegana é muito limitada e chata, o que não é verdade. Ela pode ser muito variada.

Pergunta: A razão principal para a mudança de sua dieta alimentar foi a doença séria que o senhor teve há alguns anos?

Resposta: Foi quando eu comecei a mudar gradativamente. O primeiro passo foi evitar a carne vermelha, depois as aves e finalmente os peixes.

Pergunta: Depois de mudar para a alimentação vegetariana o senhor se sentiu melhor, mais saudável?

Resposta: Sinto-me ótimo, dizem que tenho energia até demais.

Pergunta: No Dia Mundial de Proteção aos animais (4 de outubro) o senhor convidou membros da “Sociedade pelos Direitos e Liberação dos Animais" e seus direitos para discussões. O que foi discutido?

Resposta: Eu os convidei principalmente para tentar passar esta mensagem ao público em geral e também que coincidisse com o dia de hoje. Nem sempre entendemos como nós tratamos os animais, como lidamos com eles. São criaturas vivas. Como eu disse, as pessoas têm esta idéia padrão de comportamento em relação aos animais com o resultado de muito raramente se questionarem do que estão causando. Se pararmos por um momento para pensar na maneira de como lidamos com eles e qual o impacto resultante no mundo animal, poderíamos dizer que não fomos nada humanos. Pense em todos os matadouros e na produção de bife e de aves onde as condições para os animais são impossíveis. Freqüentemente os animais são transportados em caminhões sem água, o que é extremamente cruel. Não que as pessoas sejam más, elas simplesmente não pensam nisso. Quando o produto final está na frente delas num prato, elas não pensam no que aconteceu e como ele chegou até este estágio.

Pergunta: Então o senhor decidiu se tornar vegetariano também por razões éticas?

Resposta: A ética é parte da razão; a outra é que os seres humanos não necessitam de carne. É a forma padronizada de pensar que nos foi imbuída. Realmente é difícil de mudar da noite para o dia, mas pode ser conseguido gradualmente. Foi assim que eu consegui.

Leia a entrevista completa em Português aqui.

A entrevista original em Inglês encontra-se aqui.

Eu vi este texto no blog da Fran e resolvi publicar aqui no meu blog também.

Ontem também li um texto interessantíssimo sobre a diferença entre plantas e animais no blog da Andréa. Vale a pena ler e entender porque matar uma galinha para comer é bem diferente de cortar um maço de alface para transformá-lo em uma salada.

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