"Uma reportagem do jornal O Dia de hoje fala sobre a polêmica que causou o parto do filho do ator Márcio Garcia e de Andréa Santa Rosa, realizado em casa. "
Eu vi o post acima sobre a polêmica do parto domiciliar do Márcio Garcia e Andréa Santa Rosa no blog Nave Mãe e resolvi colocar a reportagem aqui:
Parto em casa: uma técnica polêmica
Obstetra afirma que conforto do lar não compensaria falta de segurança
Dar à luz de forma natural, sem injeções e anestesia, dentro da própria casa? Ou optar por ter o bebê num hospital e contar com profissionais e equipamentos preparados para qualquer imprevisto?
O nascimento do pequeno Felipe, filho de Andrea Santa Rosa e do ator Márcio Garcia, em casa, alimentou a polêmica em torno dos partos caseiros. A criança veio ao mundo pelas mãos da enfermeira Heloísa Lessa, 48 anos, parteira há 20. Com 202 nascimentos no ‘currículo’, ela crê que a mulher precisa “colocar o bebê” por conta própria, sem interferências externas, na posição em que mais se sentir confortável e num ambiente acolhedor. Tudo isso para que os hormônios citocina e endorfina — necessários ao parto — sejam produzidos naturalmente.
Leia a reportagem completa aqui.
Ainda sobre este assunto, coloco aqui a entrevista que a revista Caras fez com a parteira Heloísa Lessa, sobre o parto domiciliar da Andréa Santa Rosa:
Mulher de Márcio Garcia dá à luz em casa... sem anestesia. Andréa Santa Rosa já está bem após ter dado à luz Felipe, na manhã de ontem, na residência do casal, no Rio de Janeiro.
De acordo com a enfermeira obstetra Heloisa Lessa, responsável pelo nascimento do terceiro filho do ator, o parto domiciliar, sem anestesia, é doloroso, mas proporciona um prazer enorme à mãe e ao bebê e, inclusive, diminui a ocorrência de depressão pós-parto. "Há dor, mas, ao final, a mulher tem a sensação que extrapolou os seus limites, é uma viagem", declarou a parteira em entrevista exclusiva ao Portal Caras.
Ela já realizou mais de 200 partos fisiológicos ou naturais, ou seja, sem o uso de anestesias ou fórceps. Há quase duas décadas atuando nas casas das gestantes, Heloisa conclui que o método está virando uma tendência. "Até o ano 2000, fazia três partos por ano. Agora, são 35 a cada 12 meses em média".
Por Patrícia Moraes
-Foi a primeira vez que Andréa deu à luz em casa?
-Sim. A primeira vez, no nascimento de Pedro, foi cesariana. Na segunda, quando Nina nasceu, ela fez um parto normal no hospital e com anestesia. A Andréa é do tipo de mulher que não gosta de tomar remédios. Então, optou pelo parto fisiológico, em casa.
-E como a mulher se prepara para esse tipo de parto?
-Ela tem que se convencer de que é capaz de dar à luz sem anestesia, como deve ser. Mais de 85% das mulheres são capazes, as outras têm mesmo que procurar o hospital. Não há ritual, nem preparação. Há um pré-natal bem feito, para se ter informações sobre a saúde de mãe e filho. Se não corresse tudo bem com a Andréa, por exemplo, nós iríamos para um hospital. Tenho uma equipe de plantão para qualquer emergência.
-Como é o nascimento?
-No caso do Felipe, a Andréa começou a sentir contrações às 21h e ele só nasceu às 6h30. No intervalo entre as contrações, a mulher descansa. Quando vem aquele pico de dor, eu faço massagem, seguro a mão e converso com a parturiente. Tudo para acalmá-la e não prejudicar o momento.
-O que acontece com o corpo da mulher ao ser adotado esse tipo de procedimento?
-Há muita liberação de hormônio. Ao contrário do parto no hospital, que estressa a mulher por causa da preparação, dos médicos e do ambiente, o parto em casa é perfeito para a mulher relaxar e curtir o momento. O organismo libera oxitocina, responsável pelas contrações, e endorfina, que, como a cocaína, proporciona um prazer enorme. É uma verdadeira viagem. Tem que passar por isso para entender.
-E a dor?
-É grande. Não vou dizer que a mulher não sente nada. Há dor, mas, ao final, a mulher tem a sensação que extrapolou os seus limites. Toda mulher, na hora, fala: 'Eu não agüento mais'. A Andréa chegou a dizer que queria desistir. Aí, eu liguei para o hospital e disse que estávamos indo. Quando desliguei o telefone ela disse: 'Já cheguei até aqui. Vamos continuar'. E o bebê nasceu. Como era de madrugada, o Márcio estava dormindo e acordou quando a cabecinha do bebê já estava aparecendo. Foi uma experiência incrível para pai, mãe e bebê.
Eu vi o post acima sobre a polêmica do parto domiciliar do Márcio Garcia e Andréa Santa Rosa no blog Nave Mãe e resolvi colocar a reportagem aqui:
Parto em casa: uma técnica polêmica
Obstetra afirma que conforto do lar não compensaria falta de segurança
Dar à luz de forma natural, sem injeções e anestesia, dentro da própria casa? Ou optar por ter o bebê num hospital e contar com profissionais e equipamentos preparados para qualquer imprevisto?
O nascimento do pequeno Felipe, filho de Andrea Santa Rosa e do ator Márcio Garcia, em casa, alimentou a polêmica em torno dos partos caseiros. A criança veio ao mundo pelas mãos da enfermeira Heloísa Lessa, 48 anos, parteira há 20. Com 202 nascimentos no ‘currículo’, ela crê que a mulher precisa “colocar o bebê” por conta própria, sem interferências externas, na posição em que mais se sentir confortável e num ambiente acolhedor. Tudo isso para que os hormônios citocina e endorfina — necessários ao parto — sejam produzidos naturalmente.
Leia a reportagem completa aqui.
Ainda sobre este assunto, coloco aqui a entrevista que a revista Caras fez com a parteira Heloísa Lessa, sobre o parto domiciliar da Andréa Santa Rosa:
Mulher de Márcio Garcia dá à luz em casa... sem anestesia. Andréa Santa Rosa já está bem após ter dado à luz Felipe, na manhã de ontem, na residência do casal, no Rio de Janeiro.
De acordo com a enfermeira obstetra Heloisa Lessa, responsável pelo nascimento do terceiro filho do ator, o parto domiciliar, sem anestesia, é doloroso, mas proporciona um prazer enorme à mãe e ao bebê e, inclusive, diminui a ocorrência de depressão pós-parto. "Há dor, mas, ao final, a mulher tem a sensação que extrapolou os seus limites, é uma viagem", declarou a parteira em entrevista exclusiva ao Portal Caras.
Ela já realizou mais de 200 partos fisiológicos ou naturais, ou seja, sem o uso de anestesias ou fórceps. Há quase duas décadas atuando nas casas das gestantes, Heloisa conclui que o método está virando uma tendência. "Até o ano 2000, fazia três partos por ano. Agora, são 35 a cada 12 meses em média".
Por Patrícia Moraes
-Foi a primeira vez que Andréa deu à luz em casa?
-Sim. A primeira vez, no nascimento de Pedro, foi cesariana. Na segunda, quando Nina nasceu, ela fez um parto normal no hospital e com anestesia. A Andréa é do tipo de mulher que não gosta de tomar remédios. Então, optou pelo parto fisiológico, em casa.
-E como a mulher se prepara para esse tipo de parto?
-Ela tem que se convencer de que é capaz de dar à luz sem anestesia, como deve ser. Mais de 85% das mulheres são capazes, as outras têm mesmo que procurar o hospital. Não há ritual, nem preparação. Há um pré-natal bem feito, para se ter informações sobre a saúde de mãe e filho. Se não corresse tudo bem com a Andréa, por exemplo, nós iríamos para um hospital. Tenho uma equipe de plantão para qualquer emergência.
-Como é o nascimento?
-No caso do Felipe, a Andréa começou a sentir contrações às 21h e ele só nasceu às 6h30. No intervalo entre as contrações, a mulher descansa. Quando vem aquele pico de dor, eu faço massagem, seguro a mão e converso com a parturiente. Tudo para acalmá-la e não prejudicar o momento.
-O que acontece com o corpo da mulher ao ser adotado esse tipo de procedimento?
-Há muita liberação de hormônio. Ao contrário do parto no hospital, que estressa a mulher por causa da preparação, dos médicos e do ambiente, o parto em casa é perfeito para a mulher relaxar e curtir o momento. O organismo libera oxitocina, responsável pelas contrações, e endorfina, que, como a cocaína, proporciona um prazer enorme. É uma verdadeira viagem. Tem que passar por isso para entender.
-E a dor?
-É grande. Não vou dizer que a mulher não sente nada. Há dor, mas, ao final, a mulher tem a sensação que extrapolou os seus limites. Toda mulher, na hora, fala: 'Eu não agüento mais'. A Andréa chegou a dizer que queria desistir. Aí, eu liguei para o hospital e disse que estávamos indo. Quando desliguei o telefone ela disse: 'Já cheguei até aqui. Vamos continuar'. E o bebê nasceu. Como era de madrugada, o Márcio estava dormindo e acordou quando a cabecinha do bebê já estava aparecendo. Foi uma experiência incrível para pai, mãe e bebê.
-Como é após o nascimento?
-O bebê nasce e logo vai mamar no peito. Isso aproxima a criança e mulher. Por isso, não há depressão pós-parto depois desse procedimento. A satisfação da mulher é enorme. Peço que a mãe fique em casa, em repouso, por uma semana, acompanhando cada novidade do filho. Depois, tudo volta ao normal.
-A senhora tem filhos?
-Tenho três. Minha história é muito parecida com a da Andréa. Na primeira gravidez, não estava muito ambientada com a idéia do parto natural, meu bebê estava sentando, então, fiz cesárea. Mas, já no segundo, quis fazer parto normal. Foi de cócoras, com as luzes apagadas. No terceiro, foi em casa. Minha neta, Julia, de 2 anos, também nasceu assim. Foi uma das experiências mais marcantes da minha vida. Foi lindo.
-O bebê nasce e logo vai mamar no peito. Isso aproxima a criança e mulher. Por isso, não há depressão pós-parto depois desse procedimento. A satisfação da mulher é enorme. Peço que a mãe fique em casa, em repouso, por uma semana, acompanhando cada novidade do filho. Depois, tudo volta ao normal.
-A senhora tem filhos?
-Tenho três. Minha história é muito parecida com a da Andréa. Na primeira gravidez, não estava muito ambientada com a idéia do parto natural, meu bebê estava sentando, então, fiz cesárea. Mas, já no segundo, quis fazer parto normal. Foi de cócoras, com as luzes apagadas. No terceiro, foi em casa. Minha neta, Julia, de 2 anos, também nasceu assim. Foi uma das experiências mais marcantes da minha vida. Foi lindo.
10 comentários:
Aê Carla. Muito bem! Na Holanda, não sei se sabes, 95% dos partos são assim. E quem manda são as parteiras. Acho ridículo uma coisa tão natural quanto nascer virar assunto médico - e causar polêmica quando é feito como deve ser. Céus!
Ô pensamento "ignorântico", "retrocêntrico", "absurdico"....
Logo, logo, médicos como esse, vão sugerir que transar no hospital também é mais seguro e limpinho!
Carlinha.
Coloquei Post falando sobre o Natal de Jesus e o amor de Deus. Passe por lá. Beijos.
Lúcia,
Sim, eu sei que a Holanda é o país com os maiores índices de partos domiciliares.
É ridículo, mas as pessoas, especialmente aqui no Brasil, estão extremamente dependentes da "Deusa Techné" - a Tecnologia - e pensam que o parto é um ato médico, quando na verdade é um ato essencialmente feminino. É por isso que eu faço minha parte de formiguinha, tentando abrir os olhos das outras mulheres.
Ana Cláudia,
No outro dia, falando sobre parto com minha colega, que teve o filho dela de parto normal no hospital, me disse que "no hospital ela estava em segurança". Eles nem imaginam que os hospitais são um caldeirão de germes e infecções!
Quanto a transar no hospital, os médicos, enfermeiras, residentes, etc., costumam utilizar os leitos vazios, de madrugada, para suas aventuras sexuais. Imagina o quão limpinhos são esses lençóis, que nem devem ser lavados, para o uso dos pacientes. Bem limpinho e seguro mesmo! hehehe
Sonia,
Pode deixar, passarei por lá. ;-)
Beijos
Te encontrei no Bloglog...
Fui vítima da combinação de ócio, domingo à noite + conexão ADSL = horas navegando na iternet...
Hummm ... legal, espero que tenhas gostado de meu blog! ;-)
Parabéns pelo Blog que tem muitas informações bacanas e, sobretudo, me chamou a atenção o post sobre o parto assistido em casa... Moro na França e estou grávida de 4 meses e tenho lido e estudado tudo o que vc possa imaginar sobre gravidez e parto. Vi que aqui é normal esse tipo de procedimento não é descartado como uma das escolhas da mãe e do casal ter o filho (a propósito, na Holanda o índice de partos em casa é alto). É sabido que há uma atmosfera muito mais calorosa quando o bebê nasce em casa, se comparado com o ambiente do hospital. A mãe recebe orienação durante todo o pré natal e o parto é realizado pela sage-femme, a parteira daqui. Enfim, acredito que o Marcio Garcia e a sua esposa abriram o caminho para mostrar uma forma do bebê chegar ao mundo e que, no primeiro momento, parece chocante aos olhos de muitos, mas que, na verdade, já é bem conhecido e tratado com muita seriedade aqui na Europa.
Ana Paula,
Fico feliz em saber que gostaste de meu blog. Eu sou apaixonada pelos temas gestação, parto e amamentação, e estou sempre escrevendo posts sobre os assuntos, apesar de meu blog não ser exclusivo para isso. Eu gosto muito de ajudar outras mulheres e compartilhar de minhas experiências com o parto normal: um hospitalar e o outro, domiciliar. Ambas experiências foram extremamente gratificantes e me transformaram na mulher que sou hoje.
Aproveite tudo o que puder da excelente (e gratuita) saúde pública da França e torço para que vc tenha um parto normal maravilhoso e empoderador!
Um beijo,
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